O elevador é considerado o transporte mais seguro do mundo e está entre os mais usados, principalmente em condomínios.
O síndico deve ter um cuidado especial com a manutenção destes equipamentos, pois envolve risco de vida e, se não forem seguidas normas e legislações, a responsabilidade pode recair sobre ele em caso de acidentes.
Para se ter uma ideia, mais de 25 milhões de pessoas usam diariamente cerca de 80 mil elevadores na cidade de São Paulo — número oito vezes maior que o de passageiros de ônibus.
Em todo o Brasil são cerca de 400 mil elevadores, metade concentrada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo levantamento fornecido pelo Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp).
Embora raros, os acidentes envolvendo elevadores assustam. “Normalmente os acidentes ocorrem por falta de manutenção adequada ou durante o resgate de passageiros por pessoa não habilitada. O resgate deve ser feito pelos profissionais das empresas contratadas, ou, em último caso, Corpo de Bombeiros”, alerta Max dos Santos, diretor-executivo do Seciesp.
Acidentes envolvendo elevadores, além do potencial letal, podem trazer, no mínimo, danos com amputação de membros e lesões permanentes. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, entre 2017 e 2019, houve sete acidentes na cidade, dos quais dois com vítimas fatais.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, nenhuma queda total havia sido registrada nos últimos 15 anos no estado até a ocorrência na cidade de Santos no dia 30/12/19, em que um elevador despencou do nono andar, causando quatro mortes.
Manutenção dos elevadores é questão de segurança
Por envolver o transporte de milhares de pessoas, proporcionar conforto e conveniência, é fundamental a manutenção dos elevadores, equipamentos vitais para empreendimentos residenciais e comerciais.
Nos condomínios, os elevadores estão listados entre os itens mais críticos. “Numa escala de zero a 10, um elevador parado leva nota 9, só perdendo para falta de água”, opina o síndico profissional Fúlvio Stagi, que atende 32 condomínios no estado do Rio de Janeiro.
Paradas de elevador, deixando pessoas presas dentro da cabine, são um pouco mais comuns. Embora de baixo risco, são suficientes para deixar quem ficou trancafiado à beira do desespero. Em 2019 foram realizados 587 resgates em elevadores que pararam de funcionar no Estado de São Paulo, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros.
“A manutenção dos elevadores é parte essencial na operação dos condomínios, tanto por questões de desempenho quanto de segurança. Os moradores percebem a criticidade dos elevadores e muitos têm grandes preocupações quanto a falhas que possam levar pessoas a ficarem presas na cabine, ocasionadas por defeitos ou mesmo falta de energia elétrica”, afirma Jessé de Souza Oliveira Jr., síndico profissional.